quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Governantes da América Latina e especialistas do BID conhecem ações do RS na Paz


21 de Novembro de 2013 


As experiências gaúchas com policiamento comunitário e ações de prevenção à violência infanto-juvenil foram apresentadas in loco nessa quarta-feira (20) para 20 governantes de cidades do Brasil, México, Argentina e Colômbia e especialistas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Presentes em Porto Alegre desde a última segunda-feira (18) para participarem do Diálogo Sub-Regional de Política de Segurança Cidadã, eles conheceram ações do Programa RS na Paz nos bairros Restinga e Lomba do Pinheiro na Capital.

Na Restinga, o grupo conheceu o Centro de Promoção da Infância e da Juventude (CPIJ) que atende aproximadamente 1,2 mil crianças em situação de vulnerabilidade social. A entidade tem uma parceria com o RS na Paz que desenvolve diálogos com a comunidade no local.

Na Lomba do Pinheiro, foram conhecidos a ONG IPDAE e o Centro POD Juventude. A ONG forma crianças e adolescentes por até oito anos em música. O grupo de violino e o coral realizaram uma apresentação para os visitantes. Dois alunos da instituição e que atualmente cursam música na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) também mostraram seus talentos.

Já o Centro POD Juventude atende jovens até 29 anos e os prepara para o mercado de trabalho. Por meio de um convênio com a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), são oferecidos no turno inverso ao da escola cursos profissionalizantes, oficinas de arte, lazer e cidadania. O centro ainda tem grupos que trabalham a Justiça Comunitária e Justiça Restaurativa. "Os jovens são escolhidos conforme o grau de vulnerabilidade social", explicou Tâmara Biolo Soares, diretora de Direitos Humanos e Cidadania da SJDH.

RS na Paz 

No caminho de ida para os locais, o coordenador dos Territórios de Paz, Robério Correa, apresentou o programa. Segundo ele, a ideia é diminuir os índices de criminalidade começando pelos bairros mais violentos da Capital. Por isso, os primeiros a receberem ações do programa foram os bairros Restinga, Lomba do Pinheiro, Rubem Berta e Santa Tereza. Robério explicou que esses locais concentravam 40% dos homicídios do total de 81 bairros de Porto Alegre. "Implantamos ações específicas nesses bairros desde 2011 e tivemos uma redução para 25% do total dos homicídios nesses locais. É uma curva decrescente pequena, mas significativa, uma vez que no restante da cidade os números são crescentes", completou.

Responsável pelo policiamento no bairro Restinga, o major Egon explicou o projeto Aluno Cidadão, que consiste em capacitar educadores com temas como Direitos Humanos, Direitos da Criança e do Adolescente e Cidadania para que eles levem esses conteúdos aos seus alunos. "Queremos uma comunidade que seja livre no sentido mais amplo da palavra com a dignidade que todo ser humano tem direito", disse ele. E informou que o programa já chegou a 2,5 mil alunos.

Delegado de polícia na área da Restinga, Newton Martins de Souza Filho destacou a importância da integração dos órgãos policiais com a comunidade. Ele ressaltou como instrumento de diálogo e troca de informações o Fórum Local da Segurança, que funciona no bairro com integrantes da comunidade e da polícia. "Também estamos integrados com o setor da educação e da saúde, pois esses atendem toda a comunidade e têm muita informação. E informação é a nossa matéria prima", disse o delegado.

Na Vila Cruzeiro, Morro Santa Tereza, é desenvolvido o projeto Polícia Amiga da Escola, apresentado pelo delegado Luiz Fernando. "Reunimos alunos do bairro e oferecemos oficinas de higiene bucal, educação no trânsito, passeios nas viaturas e peças de teatro. Assim, aproximamos a polícia das crianças que muitas vezes tem medo de nós", conta ele.

Já no bairro Rubem Berta é desenvolvido um projeto de policiamento comunitário, também na tentativa da polícia de criar um relacionamento com os moradores do local. "A polícia comunitária gera um vínculo com a comunidade e estabelece uma relação de confiança até a comunidade passar as informações que precisamos", declara o major Hoffmann.

fonte:http://www.ssp.rs.gov.br

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