terça-feira, 5 de novembro de 2013

Secretaria de Segurança do Rio firma acordo com FBI para capacitar policiais

4/11/2013 - A Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) começou, nesta segunda-feira (04/11), um curso de Técnicas Básicas de Investigação Criminal para cerca de 40 policiais civis e militares com duração de uma semana. As aulas são fruto de um convênio entre a Secretaria de Segurança e a Embaixada dos Estados Unidos e têm como objetivo aprimorar os conhecimentos de práticas investigativas. Outros dez cursos do mesmo modelo já foram ministrados para os policiais do Rio com temas que vão deste gerenciamento de grandes eventos até a investigação de crime organizado. Além do FBI, a secretaria firmou parceria também com a Embaixada da Espanha, o que possibilitou que os policiais tivessem aulas sobre o controle de multidões, distúrbios civis e policiamento turístico. A capacitação dos agentes é uma das ferramentas que pode melhorar a qualidade do serviço prestado à população. Para a superintendente de educação da Secretaria de Segurança, Luciane Patrício, o Brasil precisa aumentar as taxas de elucidação dos crimes e, sem a capacitação, isso fica impossível. - O resultado mais importante desse curso é a integração que é proporcionada. Amanhã, esses policiais vão estar nas suas delegacias e batalhões trocando informações e desenvolvendo melhor o seu trabalho – afirma Luciane. O cônsul do setor político-econômico do Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro, John Callan, que esteve presente no evento de lançamento do curso no Palácio Guanabara, acredita que o objetivo do acordo entre Brasil e EUA é criar uma rede que proteja os cidadãos dos dois países. - Nós queremos trabalhar juntos no combate aos crimes que ultrapassam as fronteiras. Já para o adido-adjunto do FBI, David Williams, a troca de experiência vai ser o ponto forte do curso. - Esperamos não só passar informações, mas também receber. Queremos saber como o Brasil faz as suas investigações para também aprimorar os nossos métodos. O uso das tecnologias na investigação, para o tenente-coronel Márcio Cesar Monteiro, é o grande diferencial entre o trabalho feito nos Estados Unidos e no Brasil. De acordo com o tenente-coronel, que trabalha no setor de inteligência da secretaria, o policial que passa pelo curso deve tentar adaptar a teoria para a realidade do Estado do Rio. - Nós temos uma realidade e a secretaria nos deu a possibilidade de enxergar como outras sociedades realizam as atividades de segurança pública. Isso já é um diferencial muito grande e nos ajuda a ter parâmetros para analisar a nossa conduta – diz o tenente-coronel, que é o mais antigo PM inscrito no curso. Já o inspetor da Polícia Civil Fábio Figueiredo acredita que os profissionais brasileiros podem aprender a trabalhar com protocolos após as aulas com os americanos. De acordo com ele, esses protocolos ajudam muito na hora em que agentes de divisões diferentes precisam trabalhar juntos. Mesmo sem se conhecerem, eles conseguem desempenhar bem as suas funções porque sabem como trabalhar em grupo. Além disso, o inspetor afirma que o domínio da técnica é a melhor forma de oferecer um serviço de qualidade. - Quando você consegue fazer um interrogatório de forma mais técnica, a possibilidade de concluir a investigação positivamente, chegando ao resultado correto, aumenta exponencialmente – diz Figueiredo, para quem o policial não pode parar de se reciclar. Entre os policiais militares que vão participar do curso, há policiais da Corregedoria Geral Unificada, Corregedoria da PM e Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Entre os policiais civis, há agentes de delegacias distritais e especializadas.
fonte: PC.RJ

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