quinta-feira, 27 de junho de 2013

Campanha catarinense contra a corrupção será apresentada à ONU

Promotor de Justiça Affonso Ghizzo Neto, idealizador do projeto, vai palestrar em conferência internacional em 24 de julho

Maellen Muniz
maellen.muniz@an.com.br

A campanha O que Você Tem a Ver com a Corrupção? Idealizada pelo promotor da Moralidade Pública de Joinville, Affonso Ghizzo Neto, terá grandes chances de conquistar o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nesta quarta-feira, Ghizzo recebeu a confirmação de que sua palestra sobre a iniciativa está na pauta do JCI Global Partnership Summit, evento que será realizado em Nova York entre 23 e 25 de julho.

A entidade organizadora do encontro é uma das parceiras da ONU e já inseriu entre seus projetos a proposta criada pelo promotor.

— Por meio da parceria oficial com a JCI, os conceitos da campanha criada no Brasil estão sendo divulgados pelos 160 países em que a entidade atua. Isto é fruto de uma rede de contatos muito grande que vem sendo estruturada de forma natural desde 2004, quando criamos o projeto —, diz Ghizzo.

A ideia é aproveitar a conferência, que terá a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, para tentar firmar a parceria.

— A palestra será muito importante para consolidar o movimento internacionalmente. Com isso, outros países podem realizar ações semelhantes por meio de organizações engajadas no combate à corrupção, que é um problema mundial. O nosso projeto pode ser facilmente aplicado no mundo inteiro desde que cada sociedade o adapte de acordo com sua cultura —, afirma.

Enquanto isso, pessoas ligadas à campanha estão desenvolvendo uma estrutura de ações que podem ser executadas em todas as comunidades, com workshops e palestras, a exemplo do que já é feito em Joinville.

— Quando se está inserido em uma comunidade mundial que discute e trabalha pela causa, há uma unificação de forças para que se encontre as melhores formas de mobilização. —

Usando o exemplo da onda de manifestações pelo Brasil, Ghizzo sugere a reflexão sobre o apoio de uma causa internacional.

— Se o movimento se unificar, não será apenas um país cobrando transparência e honestidade. Os governos não estarão sendo pressionados apenas por seus cidadãos, mas também por todo o planeta. Porque, infelizmente, este tipo de coisa, como a corrupção, só se resolve na pressão. —


fonte: Zero Hora



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